Estamos ficando pra trás. É a velha mania mundana de evitar a evolução. Nada se cria, tudo se copia. A moda volta, a música volta, o que era velho e tosco há uns anos atrás retorna repaginado, reconstruído, reciclado. É vintage, é chique. Mas a gente continua olhando as fotos e se achando feio. Por quê? Uma hora volta mesmo. E ninguém inventa algo inovador, ninguém se preocupa se nos acostumamos com as coisas velhas e remontadas.
Não sou ante reciclagem, nós temos mais é que separar o lixo e ver o que ainda presta...
O que quero dizer é que ninguém transforma o lixo em ideia. Seres pensantes, é disso que estou falando. Gente capaz de criar suas próprias teorias. O mundo está vazio de ideias, criatividade, imaginação? As crianças estão precoces demais pra criar um novo faz de conta, se alimentam daquele das suas avós. Elas dizem: Quando você vinha com a farinha eu voltava com o pão. Damos motivo todos os dias para as pessoas dizerem que já conhecem nossas ideias e fazemos igual a todo o resto da humanidade. Fazemos as mesmas coisas todos os dias. A velha rotina. Conformados. Se eu pudesse nomear a nossa geração seria esse o nome: Geração de conformados. Conformamo-nos com as coisas velhas, com o modo como somos tratados como lixo, nos conformamos com a desigualdade em nossa volta, com hábitos pré-históricos, ideologias medievais e cruéis e ninguém se importa e somos todos felizes. Felizes my ass.
Acordamos, discutimos coisas banais, vemos notícias no jornais, lamentamos pela morte de pessoas que não conhecemos e é só isso. Lamentação. De lamentação em lamentação ficamos estagnados olhando a ruína mundana de camarote e lamentando, lamentando.
Se chorar enchesse barriga, se chorar te levantasse da cama e te desse disposição pra fazer alguma coisa por você mesmo e pelas pessoas, moradores de rua teriam banquetes e pessoas comuns seriam mais prestativas, bondosas e o mundo não teria problemas.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Geração de conformados.
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