sábado, 22 de outubro de 2011

Um espaço pra me chamar de amor


E quando eu fui ver ele estava lá... Jogado no chão, no meio dos carros, olhando pra mim e falando “Corre meu amor, corre“ e a única coisa que eu pensava é que não podia deixar ele alí, não daquele jeito. A culpa foi minha, eu sei disso, e todas as noites eu sonho com aquela cena... Aquela cena que nunca vai deixar a minha cabeça em paz.

Eu tava pegando as minhas coisas e falando pra ele um monte de bobagem, do tipo que se fala quando está de cabeça quente. Eu gritei, bati porta, quebrei um vaso azul lindo que ele trouxe da Índia, que tinha o maior carinho e mesmo assim ele foi atrás de mim dizendo que não sabia mais o que fazer pra melhorar, mas que estava disposto... Ele sempre tava disposto.
E eu disse “O problema é esse, você sempre tenta fazer alguma coisa boa e sempre faz merda”. Ele foi, chorando atrás de mim, dizendo que não queria me perder, que não ia aguentar acordar, olhar pro lado e ver que a cama estava vazia e fria sem mim.
E eu fui, correndo pela rua, fazendo o possível pra que ele não me alcançasse... Sem reparar que dois homens vinham em uma moto trocando tiros com um outro homem mais a frente... E ... Ele tomou um tiro no peito, caiu no meio trânsito, no meio de tanta gente assustada...
E até nas últimas palavras que ele disse... Arrumou um espaço pra me chamar de amor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Se a gente se casar domingo...



(...) O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem,
Nossa Jerusalém,
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais

De tanto não parar a gente chegou lá
Do outro lado da montanha onde tudo começou
Quando sua voz falou:
Pra onde você quiser eu vou
Largo tudo

Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra contar (...)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

...



Ai meu Deus, eu costumo agradecer o suficiente? Acho que não né? Primeiro de tudo me perdoa por ser tão ranzinza, eu não sei o que acontece comigo.. As vezes me dá essa louca.
Sei que o Senhor tem sido tão bondoso comigo durante tanto tempo, tem feito as coisas tão direitinhas pra mim, bota pessoas tão boas no meu caminho, tira as que não prestam... O senhor tem sido um paizão na minha vida e tudo o que eu tenho feito é reclamar. Me perdoe, sério, me perdoe mesmo.
Hoje eu vim aqui te agradecer via blog, isso é ridículo, eu sei. É que eu não sou boa falando. Eu gaguejo, me embolo e parece que a minha cabeça não foca no que eu quero passar, enfim, prefiro escrever, onde quer que seja, nem que seja no meu bloco de notas do computador, mas meu blog é especial pra mim e você também, então... Resolvi juntar duas coisas especiais na minha vida.
Cara, obrigada, você me deixou nascer e participar de uns maiores milagres, a vida. Só isso, eu já te agradeço de montão. Tanta gente boa que esteve em volta de mim, obrigada por isso também. Agora, mais do que nunca eu te agradeço pelo meu presente, do qual eu reclamo todo o dia, pela minha escola insuportável, pelo menos eu não preciso pagar. E quanto ao vestibular, eu dou conta, sei disso, e além do mais eu tenho você aqui sempre soprando colas no meu ouvido.
Obrigada pelo meu futuro, independente do que for acontecer, de uma coisa eu sei, eu vou fazer o que meu coração mandar e só isso já é tão gratificante, já me sinto a pessoa mais rica do mundo.
Por me fazer lutar, por me deixar escrever, correr pra alcançar o que eu quero, por me dar um dom, compreensão, mesmo que seja pouca e ... É isso, tudo o que você me fez ser, eu te agradeço por ser Carol.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quando você cai na real


Hoje bateu uma sensação engraçada em mim.
Por alguns momentos me senti a pessoa mais infantil e fria do mundo.
Quem seria capaz de jogar corações no chão e pisar assim como eu fiz? Mesmo que eu tenha sofrido por isso, pra mim, isso ainda não é normal.
Foi de uma frieza incalculável. Dessas que só começam a te invadir quando a coisa está preta.
Ficou preta, de verdade. Não, não é verdade. Ela sempre esteve preta.
Quando descobri que não conseguia ficar sozinha, eu vi que estava perdida de vez.

Tapei meus olhos para uma coisa inegável, sempre quis viver aquilo que todas as pessoas cismam em descrever, quis sentir o motivo pela qual elas sofrem, a razão para todas as músicas, livros, textos, questionamentos. Eu vivo a acreditar que está cada vez mais próximo, a cada dia me forço a olhar em volta e procurar em cada esquina o que vai preencher essa casca vazia.

Eu procurei em cada um, todos os meus ideais. Um pelo menos. Achei. Não, não achei, eu quis acreditar que achei. Uma hora tudo foi ficando claro e vi que cometi um erro.
Isso não é problema... Quando acontece uma vez. Quando são várias, acho que é normal se sentir uma burra. O pior disso tudo não foi eu me sentir uma filha da mãe e sentir raiva de mim mesma durante muito tempo, foi apostar a minha farsa em pessoas diferentes de mim. Que sentem. Eu magoei muita gente.